Vamos ter um papo sério. No embalo das manifestações de ontem – 15 de março em todo o brasil.
Tenho refletido muito nos últimos dias, e sou uma pessoa privilegiada pelo tanto que constato, pelo tanto que conheço e domino, honestamente.
Uma expressão bem presente, diria mesmo que rege a nossa nação brasileira é a de Nelson Rodrigues: “O brasileiro tem complexo de vira-lata”. Pois, outra à essa faz constante companhia, a expressão popular “Pobre coitado”. Logo, o brasileiro ora se faz presente no poder global ou como poder periférico, ou como uma espécie de pedinte, ou exaltando as suas virtudes nem sempre tão desejadas na hora que as coisas são mais sérias, num mundo do poder técnico, e intelectual, e essas virtudes seriam as suas belezas naturais, a alegria do seu povo, do seu carnaval e do seu futebol etc. Mas é um mundo de negócios que negocia duro, são as virtudes americanas, britânicas, francesas, chinesas etc. É onde estão as maiores empresas e os mais destacados empresários, empreendedores e investidores. É impossível não constatar o “complexo de vira-lata” e o “pobre coitado”. Essa questão se consolidou muito com as características das lideranças políticas encabeçadas pelo Lula, devido à trajetória política do Lula e seu marketing político, o que a mídia capitalizou bastante. É uma característica interessante, evidenciou bem as transformações sociais, mas fez um enorme de um marketing que parece ter se viciado, e acentuou as definições aqui destacadas. O país cresceu economicamente nesse período, desde a redemocratização e a estabilização de FHC, e, concomitantemente, paradoxal ou em virtude desse difícil problema. É a oitava maior economia mundial.
O país sempre teve características políticas, econômicas e sociais bem peculiares, constatei a sua imensa burocracia e lentidão, suas elites políticas, muitas vezes encrustadas na máquina, viciosas e perdulárias. O país teve uma monarquia que durou 67 anos, mas uma monarquia muito respeitada. Seguiu a breve liderança militar e depois as alternâncias entre as lideranças de Minas e de São Paulo, o poderio do Rio de Janeiro, que ainda conserva a força daquele longo período, a ditadura de Getúlio Vargas, do Rio Grande do sul, democratas do nível de Juscelino Kubitschek e, acredito, a ditadura militar constatou esse problema nacional e endureceu mesmo, sem que aqui se faça qualquer elogio aos militares e à ditadura, mas evidencia um problema brasileiro que às vezes leva a modelos duros ou extremos, quando não personalistas.
Constato empresas e nossos empresários: a Petrobrás nunca foi o que o país poderia esperar dessa nossa empresa, e agora desandou de vez, mas, veja, o país tem um potencial único para os biocombustíveis, seria cedo demais? O país não pode errar aí porque parece ser o seu maior potencial. Outras empresas, para não citar diretamente, de mídia, televisão, evidentemente, a internet se mostra melhor alternativa de serviços aos usuários, então é um processo natural, e, essas empresas, de serviço internet e telecomunicações são todas estrangeiras. O empresariado não tem como estar descolado dessa realidade da economia, assim, nossos maiores empresários não possuem empresas tão sólidas quanto o empresariado estadunidense, e, aquele que foi o oitavo homem mais rico do mundo, o Eike Batista chegou ao ponto que constatamos, sendo mais um aspecto da personalização brasileira, nesse caso bem negativo. Sendo um país conhecido como o país do futebol e do carnaval, um grande espaço é ocupado pelo ramo das cervejarias. Essa é a realidade do Brasil e o seu complexo no mundo.
É evidente que o país deverá passar por um processo político e econômico que, no campo econômico, valorize o melhor possível os seus potenciais e desperte outros potenciais, dificilmente no ramo tecnológico, mas poderia ser industrial e diversos tipos de serviços. Politicamente, o tempo disso depende muito das lideranças que o pais terá nas próximas décadas, com relação ao modelo político, pois, sem essas lideranças pouca coisa pode ser feita. E, a melhora radical na sua educação, melhor antídoto para o “’complexo‘ de vira-lata”. Algumas aproximações e relações podem ser muito importantes para o país, como a Alemanha e a China, por exemplo.
Quanto ao “pobre coitado”, o país nunca foi e deve encarar no seu humor e alegria natural, e mostrar bem as garras toda vez que surgir esse pensamento com relação ao país e ao seu povo – mostrar bem as garras. Há que competir com o melhor que tem, pois, está evidente que “ninguém bate em galinha morta”, então está na hora de ser um negociador e competidor à altura do mundo. As lideranças políticas vêm e passam, tem de ter estatura histórica e fazer o melhor para o país, ninguém ganha nada com chorumelas e muito menos com apequenamentos. O que o país conseguiu nos últimos anos foi, no mínimo, em virtude do seu humor em companhia do seu enorme potencial.
Essas manifestações são mais restritas às diversas abordagens que fiz nessas reflexões, vão do descontentamento com o atual governo, com a corrupção – que tem de acabar – e são impulsionadas pelas organizações sociais, mas a real razão é centrada nesses aspectos que destaquei, logo, as mudanças e o espírito do país, dos seus cidadãos e das suas lideranças tem de ser esse que eu propus e defini. Mudanças internas e focadas – operacionais – e globais devem partir das melhores mentes e atingir a todos.
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