Dia de verão no alto da ‘montanha’ de Gonçalves/
Eu dediquei uns passos/
Por fim descansar sofrível mas amável numa casa que havia de bebidas./
Há muito tempo tenho vivido pela vida da grande cidade/
E da correria eu tiro sempre o tempo do pegar pesado na academia/
Só descanso a vida mesmo quando me deparo a escrever histórias/
Mas as histórias em versos o que a fazer mesmo eu me presto./
Escrevo de dia/
Escrevo de noite/
E não duvide que é o só por lazer e ofício./
Já caminhar e respirar o ar do topo é coisa que me acontece tão raro ou tão pouco/
Tão raro ou tão pouco é à praia, eu vou, também./
Quando sabemos que o mar faz pouso infinito na alma da gente/
Que o povo é alegre/
Brincam as crianças por todos os lados/
Casais namoram e gente até mergulhar consegue/
Uns deitam sobre o sol e desaparecem/
Outros bebem água da Bahia/
Outros pegam numa cerveja do Brasil/
E há até quem cede aos encantos corruptores de uma fumacinha verde – e da humanidade./
Vivi o mar do mesmo jeito/
Vi azul o céu como sempre comigo estivera/
E cinzento o domínio das águas/
Um convite para nós/
Que amamos as velas./
Ensaiei umas letras com a mente e os olhos no chão/
Pensando que naquele instante chegava um poema alguma coisa anunciando/
Então fechei os olhos, desesperançoso/
Para que ele pudesse partir sem que eu visse
- Porque no instante seguinte não se encontrava não pude mais nada saber./
Depois alguém pode pensar que realmente é verdade que escrevo em Gonçalves/
Para o futuroso amiguinho/
E para a competente atenção/
Me cabe dizer que eu escrevo, quando quero, em qualquer lugar do mundo criado – sei que posso/
Que escolho e que é bonito e é mágico./
Eu escrevo no topo de uma montanha quando quero porque sei que posso/
Eu escrevo nas bordas do mar quando eu quero porque sei que sei/
Eu escrevo nas asas de um pássaro/
Eu escrevo num fio de cabelo escolhido e comprido.../
Eu nunca escrevi enterrado meu mundo debaixo do chão./
Mas quando eu não escrever em Gonçalves e lá estiver/
Levando ‘comigo’ tudo o que peco/
Eu não te asseguro que não posso mesmo te digo/
Tudo mudar sem nada uma vírgula sequer uma frase um parágrafo e um ele deixar./
Mudará tudo o Poema./
É simples assim./
Mas me apresso/
Não tenho tempo para tanto ser/
Morro agora e daqui pouco eu nasço/
Haja deus se assim fosse fácil./
Naquele pedaço de chão descansado/
Quando não me atrapalho que mudei mesmo o tempo do verbo/
Quis escrever pelo chão com os olhos da mente os poemas que haveriam de brotar grandes árvores/
Dessas gigantescas milenares que ninguém ousaria levar ao chão./
Fechei depois meus tristes olhos que não precisavam mais nada mesmo pedirem/
Tudo o mais já estava existido/
Poderia não ter deixado de ser filósofo como tantos neste raro momento mas prá quê/
Se cheguei tão bem na base e só me coube olhar pro alto:/
Lá estava a imensa árvore de folhas douradas e frutos incertos mas por certo.../
Inigualáveis e à sua sombra uma cadeira vazia em que refletia a sombra mais forte dum pássaro que circulava seu tronco./
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domingo, 2 de outubro de 2011
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