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quinta-feira, 31 de julho de 2014

Esse poema está em 10 versos, as barras estão postas devido à dificuldade de dispô-los pela formatação desse blog.

VÖÖÖOO
O cabeludo embriagado e desamado na calçada e seus versos mágicos em folha no chão jogados./
Um careca cantava canções populares para uma platéia considerável/
depois pegou seu chapéu pesado e seguiu quase atropelando o cabeludo/
que ligeiramente tentou aparar seus versos em folha./
Mas a folha virou um aviãozinho de papel no ar e voou/
voou pousando no chapéu do cantor popular./
Que ao tentar abatê-lo, irritado, um rombo fez no chapéu e todas as moedas vazaram./
Um inocente moleque não conteve a gargalhada, "hahahá, hahá".../
O cabeludo, então, de um bom observador estrangeiro/
recebeu pilhas e pilhas de notas de 100 dólares para que aviõezinhos fizesse e de volta os seus mágicos e não negociáveis versos./



quarta-feira, 30 de julho de 2014

Artigo Científico Produção Filosófica

Avaliação disciplina Antropologia Cultural

Com a intenção de estar já trabalhando a disponibilização de arquivos em PDF, outra marca desse Blog além da narração em áudio, estou dispondo 3 avaliações que foram realizadas durante a realização do meu curso: Bacharelado em Filosofia, concluído pela Universidade do Sul de Santa Catarina - UNISUL - em 2013.

Essa é uma avaliação da disciplina Experiência do Sagrado e Religião e obteve nota máxima



CONSTITUIÇÃO DE 1988; PLANO REAL; 1° GUERRA MUNDIAL; CONFLITO ISRAEL/PALESTINA; VI CÚPULA DOS BRICS; REUNIÃO DO MERCOSUL; FLIP.

São assuntos em pauta nesses últimos dias e mês. Não sei o que é que vou dar conta por aqui.

terça-feira, 29 de julho de 2014

NÃO, NÃO APARECEU UM NOBEL BRASILEIRO

Fiz algumas pequenas reparações nesse último texto, que como se sabe, escrevi logo ao acordar em 13-07, pois 24:00 ainda é o mesmo dia, embora tenha finalizado e publicado na madrugada de 14-07. Há diversos estudos que podem ser feitos sobre os laureados com o Prêmio Nobel, por exemplo, os países que levaram o primeiro premiado de alguma categoria, países que sucessivamente cravaram laureados, e nas diferentes categorias, laureados de distintas nacionalidades e as relações efetivas com o país de origem ou da nacionalidade adquirida etc. Um laureado nasceu no Brasil, Sir Peter Brian Medawar nasceu em Petrópolis em 1915, tendo em seguida seguido para a Grã Bretanha onde desenvolveu a sua carreira. Foi premiado em 1960 "Por estudos sobre a resistência imunológica adquirida em transplantes de tecidos." Como se sabe, que bom que tenha nascido no Brasil, mas as relações pessoais e profissionais com o país são zero, tanto que por aqui nunca ninguém ouviu falar, pois, o brasileiro pode nem saber o que é um Nobel, mas se um dia alguém ganhar... vai desfilar em carro de bombeiro, a televisão vai mostrar mil vezes por dia, pode ter certeza, ainda que seja o mais refinado da academia.

Prosseguirei, nessa semana, alguns estudos e informações com esse tema.


segunda-feira, 14 de julho de 2014

DEU ALEMANHA - Balanço Geral da Copa 2014



Eu gosto mesmo é de libertadores, e olimpíadas porque, dentre tantas modalidades ninguém sabe o que vai acontecer e sempre aparece surpresa.

A questão de pensar que a Copa de 2014 poderia ter sido na Argentina, questão que eu já havia refletido e expressado no passado é no sentido de que há uma consciência com relação à história, que se relaciona a todas as coisas, de perfis conquistadores, isto é, ir lá na Argentina e trazer a taça, algo menos provável ao contrário. Por outro lado, há o perfil da história do Brasil da burocracia pesada e lenta, então veio muita coisa aí que não se equipara em nenhum lugar do mundo, foram 3 grandes eventos muito próximos, a Copa das Confederações de 2013, a Copa do Mundo de 2014 e as Olimpíadas do Rio de Janeiro de 2016, sendo que diversos países de 1° Mundo amargam uma longa fila para sediarem um ou outro desses eventos, mais especificamente as Olimpíadas e a Copa do Mundo. No caso brasileiro é, de fato, uma estrutura de peso. Mas é bola. Pouca coisa seria tão popular, mas o Brasil continua mantendo uma burocracia pesada e lenta.

Especificamente no que concerne ao mundo da bola, o Brasil deve ter realizado uma das melhores copas de todos os tempos, a dita Copa das Copas não é só mais uma propaganda de impacto, como tantas outras frases de efeito poderiam ter sido na vigência do regime militar ou nas consciências que, ao menos na capacidade publicitária o imitam. O futebol vai continuar sendo uma das maiores aspirações populares e dos envolvidos nessas estruturas e realizações, então parece legítimo que o país esteja desde já ansioso para sediá-lo novamente, apesar da burocracia. Evidentemente que terá de aguardar um longo tempo, tendo em vista a longa demanda que há no mundo, tendo em vista que se passaram 64 anos da realização da Copa de 1950 até a realização dessa Copa de 2014, embora exista o exemplo do México que sediou dois mundiais num curto espaço de tempo entre um e outro.

O maior exemplo que fica para o país, sobretudo porque a seleção decepcionou de forma a estar sendo zombada é o exemplo da campeã, a Alemanha tetracampeã mundial. O futebol é forte na Alemanha, sendo uma das melhores e mais disputadas ligas do mundo, e o Bayern de Munique é o grande devorador dos clubes europeus na Liga do Campeões, tendo chegado seguidas vezes à final e conquistado o 3° título mundial no ano passado. Seus jogadores jogam juntos há muitos anos, e a maioria joga na própria Alemanha, enquanto o Brasil tem apenas um jogador que joga aqui, que é o Fred do Fluminense. Mas não aconselharia o país a mudar essa cultura que trouxe 5 títulos mundiais, assim como a Argentina, o Brasil é exportador de craques porque é lucrativo para os clubes e positivo para os jogadores já amadurecidos nos clubes nacionais, é uma cultura que não tem como ser mudada e não é essa a raíz do problema, pois a base dessa seleção estando no mundial de 2018 será uma seleção que joga junto há muito tempo tanto quanto a seleção alemã atual, com a experiência de alguns jogadores disputando a melhor liga do mundo. Os clubes é que têm de se organizarem e se fortalecerem, mantendo bons jogadores aqui mesmo, ou por mais tempo, trazendo de volta, na medida do possível, seus ídolos e trazendo também, a exemplo dos clubes europeus, muitos estrangeiros, que competem muito bem, do futebol sul-americano. Talvez pudesse investir nos africanos também. Então o país poderia continuar sendo não somente uma fonte primária de mão de obra para a Europa, mas também intermediando esses jogadores de outros países, que passariam por aqui e prosseguiriam para a Europa. Assim, o jogador genuinamente brasileiro teria de dar mais do que já tem dado atualmente. Foi o mesmo tipo de pensamento para com a seleção espanhola campeã em 2010, como é que pode, se eles têm tantos estrangeiros? Isso força os nacionais a serem melhores. Não creio, por tudo isso, que seria necessária uma desconstrução dos mitos (conforme teorizava o alemão Friedrich Nietzsche) para o Brasil, de forma assim tão radical, mas continuar no rumo certo e fazer as mudanças necessárias.

O exemplo maior que falo é do país, a Alemanha, uma das maiores economias do mundo (atualmente, a 3° maior economia do mundo), maior economia da zona do euro, que não teria perdido nada, continuaria da mesma forma pujante caso não tivesse vencido aqui. Porque aqui se fala tanto em diversidade mas, qual haveria de ser? Há, sim, muita diversidade cultural. Mas não é uma economia tecnológica, sim agrícola e industrial, sendo que a sua indústria já foi mais forte também. Então agora eles são tetra juntamente com a Itália e a um título, ambos, apenas atrás do mais futebolístico, o Brasil. Mas eles possuem um forte sistema educacional, forte indústria, melhor engenharia do mundo, os melhores cientistas, filósofos, escritores, 120 laureados com o Prêmio Nobel. Atualizado em 29-07-2014: para ser menos inexato, são 21 Nobel de Física; 26 Nobel de Química; 14 Nobel de Medicina; 7 Nobel de Literatura; 4 Nobel da Paz e 1 Nobel de Economia. 73 laureado no total, sem contar aqueles que possuíam outra nacionalidade, que daria um total maior. Contabilidade manual e aproximada do site Nobel Prize - http://www.nobelpreis.org - até 2008 e incluído o Prêmio de Economia. Com fonte Wikipédia, são 86 laureados até 2013 e pelos mesmos critérios, incluídos cidadãos com múltipla nacionalidade. As informações oficiais de www.nobelprize.org dão conta de 90 laureados, igualmente contagem manual, sem contabilizar múltipla nacionalidade e em conta das várias formações que o atual território alemão teve ao longo da história de vigência do Nobel. Ou seja, são aproximadamente 100 alemães laureados com o Prêmio Nobel considerando o Prêmio de Economia e as múltiplas nacionalidades. Passaram 64 anos lamentando a derrota de 50 para o pequeno Uruguai, e os brasileiros pensaram que não tinham nada a aprender com o Uruguai, mas têm sim, o Uruguai é um país bem organizado, são aguerridos e não perdem fácil, mas não vai ficar lamentando a conquista de uma terceira copa que nunca chega, eles já estão à frente dos demais países da região em muitos quesitos. Que dirá, agora, para a gigante Alemanha: não adianta chorar o leite derramado. A tragédia argentina, tão venerada no tango e na história de seus ídolos e heróis foi ver escapar pelas próprias mãos um título que nunca parecera tão próximo. Mas a Argentina, a exemplo do Brasil, continua sua caminhada na história do mundo, ora gatinhando, ora em cavalo bem encilhado. O Papa Francisco é um exemplo desse jeito bem argentino de ser. Em futebol, sinceramente, eles são muito melhores que os durões da Alemanha, mas é que, conforme já destacado, os alemãs são muito coletivos, bem organizados em todos os aspectos que se reflete também no futebol, e isso faz uma enorme diferença contra qualquer seleção. Sendo o homem um agente da história (teoria de Hegel), não sendo possível compreendê-lo e compreender os fatos vigentes sem o conhecimento da história, essas são as colocações contundentes para o avanço do Brasil inclusive no futebol, principalmente por ter sido exposto da forma mais dialética possível com a exposição dos fatores e agentes antagônicos.

Parabéns ao futebol.

Atualizado em 12-09-2014: nesse primeiro áudio, sorte ou qualquer coisa, a gravação deu problema justamente nesse ponto, ao expressar essa última frase, pois até essa data não estou com melhores recursos de áudio e também não consegui fazer o corte. Então esse áudio abaixo finaliza.




COMPARTILHO UM FRAGMENTO DE FRIEDRICH HEGEL (A RAZÃO NA HISTÓRIA)

A RAZÃO COMO BASE DA HISTÓRIA
O único pensamento que a filosofia traz para o tratamento da história é o conceito simples de Razão, que é a lei do mundo e, portanto, na história do mundo as coisas aconteceram racionalmente. Essa convicção e percepção é uma pressuposição da história como tal; na própria filosofia a pressuposição não existe. A filosofia demonstrou através de sua reflexão especulativa que a Razão – esta palavra poderá ser aceita aqui sem maior exame da sua relação com Deus – é ao mesmo tempo substância e poder infinito, que ela é em si o material infinito de toda vida natural e espiritual e também é a forma infinita, a realização de si como conteúdo. Ela é substância, ou seja, é através dela e nela que toda a realidade tem o seu ser e a sua subsistência. Ela é poder infinito, pois a Razão não é tão impotente para produzir apenas o ideal, a intenção, permanecendo em uma existência fora da realidade – sabe-se lá onde – como algo característico nas cabeças de umas poucas pessoas. Ela é o conteúdo infinito de toda a essência e verdade, pois não exige, como o faz a atividade finita, a condição de materiais externos, de meios fornecidos de onde extrair-se o alimento e os objetos de sua atividade; ela supre seu próprio alimento e sua própria referência. E ela é forma infinita, pois apenas em sua imagem e por ordem sua os fenômenos surgem e começam a viver.' É a sua própria base de existência e meta final absoluta e realiza esta meta a partir da potencialidade para a realidade, da fonte interior para a aparência exterior, não apenas no universal natural, mas também no espiritual, na história do mundo. Que esta Idéia ou Razão seja o Verdadeiro Poder Eterno e Absoluto e que apenas ela e nada mais, sua glória e majestade, manifeste-se no mundo – como já dissemos, isto já foi provado em filosofia e aqui está sendo
pressuposto como demonstrado.

quarta-feira, 9 de julho de 2014

CONTRA O PRÓPRIO GOL

Não ignoro que muitos têm tido e têm a opinião de que as coisas do mundo sejam governadas pela fortuna e por Deus, de forma que os homens, com sua prudência, não podem modificar nem evitar de forma alguma; por isso poder-se-ia
pensar não convir insistir muito nas coisas, mas deixar-se governar pela sorte. Esta opinião tornou-se mais aceita nos nossos tempos pela grande modificação das coisas que foi vista e que se observa todos os dias, independente de qualquer
conjetura humana. Pensando nisso algumas vezes, em parte inclinei-me em favor dessa opinião. Contudo, para que o nosso livre arbítrio não seja extinto, julgo poder ser verdade que a sorte seja o árbitro da metade das nossas ações, mas
que ainda nos deixe governar a outra metade, ou quase. Comparo-a a um desses rios torrenciais que, quando se encolerizam, alagam as planícies, destróem as árvores e os edifícios, carregam terra de um lugar para outro; todos fogem diante dele, tudo cede ao seu ímpeto, sem poder opor-se em qualquer parte. E, se bem assim ocorra, isso não impedia que os homens, quando a época era de calma, tomassem providências com anteparos e diques, de modo que, crescendo depois, ou as águas corressem por um canal, ou o seu ímpeto não fosse tão desenfreado nem tão danoso.

Da mesma forma acontece com a sorte, a qual demonstra o seu poderio onde não existe virtude preparada para resistir e, aí, volta seu ímpeto em direção ao ponto onde sabe não foram construídos diques e anteparos para contê-la.
(NICOLAU MAQUIAVEL).



A Seleção Brasileira fez uma grande estréia contra a Croácia no Itaquerão, vencendo por 3 a 1 com belos gols e de grandes jogadores, mas um fato marcante do ponta pé inicial da trajetória da seleção foi ter tomado um gol logo no início do jogo, um gol contra é como começar com o pé esquerdo e as bruxas soltas. A eliminação pela Alemanha agora confirma esse prognóstico. Jamais alguém imaginaria que fosse por um placar de 7 a 1, uma mancha mais inesquecível que a perda do primeiro título e a primeira Copa disputada em casa, para o Uruguai em 1950. Porque uma derrota desse tipo deixa sempre a sensação de impotência imprevisível, ou seja, estar tudo certo e de repente tudo pode desandar. Esse tipo de assombração vai acompanhar o Brasil até a busca do hexacampeonato, em 2018. O sonho de ser campeão em casa permanece para além de seus atuais 5 campeonatos.

Eu estava dormindo - que é meu horário atual, 19h a 24h, deitando uma hora antes - e durante isso ouvindo essa barulheira característica dos arredores, embora possuía as análises mais lógicas de que daria Alemanha, jamais imaginava que seria esse tipo de placar. Mas ouvia uma grande euforia e pensei enquanto isso, acho que o Brasil venceu... quando acordar eu penso... e acordei, acessei a internet e fiquei estarrecido. Eu sei que todo mundo diz e vai dizer que o futebol é uma caixinha de surpresas, mas daí dizer que não possui lógica é inconcebível.

Essa atual Seleção possui jogadores aquém dos elencos que não venceram nenhuma Copa, da década de 80, mas jogadores muito bons, certamente a base da Seleção pelos próximos anos até a Copa da Rússia em 2018, com a incorporação de mais alguns, por isso tenho certeza que vai se recuperar emocionalmente nas competições sequentes e vai brigar muito pela conquista do hexacampeonato em 2018. Infelizmente, o imprevisível e a sensação de impotência, que citei no início desse texto, não se apagarão nem mesmo com hepta, isoladamente. Espetáculo dos atuantes é assim. Nos estádios e em todos os ambientes, os torcedores deram desde o início uma demonstração de grande festividade e civilidade, que continuem assim, então que não incorporem o Diabo do ódio, senão a mesma fragilidade que os envolvidos diretamente no jogo, que nasça da imensa torcida brasileira, a mais amante do futebol, a coragem para seguir a vida, a razão para reverter o pior tipo de adversidade, que os próximos títulos do futebol carimbe para sempre, como uma "virtù", provinda dessa "fortuna", conceitos de Nicolau Maquiavel, uma forma que seja bem brasileira de encarar os fatos e superá-los.

Grande mundial, esse de 2014, inesquecível. Que os russos, por hora, nos invejem.